segunda-feira, maio 18, 2009

Anjos e Demónios... Langdon is back!


Anjos e Demónios é a primeira aventura de Robert Langdon, o professor de simbologia de Harvard que se vê, de repente, no meio de uma luta de titãs.

A aventura começa quando um famoso cientista do CERN (Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) é assassinado, após conseguir simular o génesis num laboratório: criar matéria e anti-matéria a partir do vácuo. A antimatéria, sendo a mais poderosa fonte de energia conhecida até agora pelo homem, é também uma poderosa arma: um único grama de antimatéria contém energia equivalente à de uma bomba nuclear de vinte quilotoneladas – a potência da que foi lançada sobre Hiroxima.
O assassinato do cientista é reclamado por uma irmandade secreta que se pensava desaparecida há muito tempo: os Illuminatti. Como o próprio nome indica, essa irmandade seria constituída por iluminados – cientistas e livres pensadores perseguidos pela Igreja na Idade Média, como o próprio Galileu Galilei, suposto fundador da irmandade.
Ao mesmo tempo, no Vaticano dá-se início ao Conclave para eleger um novo Papa, contudo os quatro cardeais favoritos, são raptados misteriosamente.

Anjos e Demónios, tal como o seu sucedâneo, segue uma linha de suspense, que não nos deixa respirar enquanto não chegamos ao final. As teorias da conspiração de Dan Brown podem não ser reais, mas são bem imaginadas e entrelaçadas com factos, lugares e pessoas reais. Faz lembrar um certo slogan que diz «se não aconteceu, podia ter acontecido».
O livro centra-se na questão Ciência vs. Religião, ou como a Igreja poderá lidar com a decadência dos valores instituídos e com a emergência de novos. O Vaticano ainda não se pronunciou acerca do livro, ao contrário do que aconteceu com O Código da Vinci, em que um cardeal aconselhou os católicos a não lerem o livro, classificando-o como um «saco de mentiras». E talvez porque o fruto proibido é o mais apetecido, desta vez o Vaticano optou pelo silêncio.

Este livro tem mais acção e também mais romance que O Código da Vinci (aqui a parceira romântica de Langdon é Victoria Vetra, uma física brilhante, mestre de ioga). O livro foi publicado em 2000, mas posteriormente reeditado em 2005, devido ao estrondoso sucesso d' O Código; as vendas disparam aquando da morte de João Paulo II, pois na obra estão descritos minuciosamente os pormenores das cerimónias fúnebres de um Sumo Pontífice e do Conclave.

A terceira aventura de Langdon está a ser escrita por Dan Brown, que já se queixa da pressão e com certeza se perguntará quando a fórmula de sucesso de O Código da Vinci e Anjos e Demónios chegará à exaustão. No terceiro livro, Langdon viajará até Washington onde terá de enfrentar (mais) uma irmandade secreta.

Eu já vi e gostei bastante... li o livro e, como já tinha acontecido com o Código DaVinci, senti falta de alguns momentos importantes e literariamente melhor compostos, mas também é verdade que neste segundo filme o nosso amigo Tom Hanks já corresponde mais à minha imagem do professor Robert. E se no primeiro tivemos a oportunidade de passear pelo Louvre e de descobrir as imagens de alguns dos maiores quadros de todos os tempos... neste, temos o prazer único de viajar por algo que será em muito semelhante aos tesouros "escondidos" e "esquecidos" de uma nação que, sendo a mais pequena do mundo, é sem dúvida a mais rica... o Vaticano!

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