segunda-feira, maio 30, 2011

Changes...

Marcianinhos casados de fresco...

Os nossos marcianinhos Bernardo&Rita já não são "namoridos"!... Já são mesmo marido e mulher!... E a marcianinha Margarida já foi reconhecida aos olhos da igreja e de Deus! Estavam lindos e a cerimónia foi mesmo e de levar às lágrimas... e às gargalhadas! :)


Parabéns e Felicidades :*

quarta-feira, maio 18, 2011

Amanhã é dia de pica-bois!... :/


O melhor é ir-me preparando!...

Fastfood educativo...

Manuel Maria Carrilho defendeu esta terça-feira no TVI24 que José Sócrates tem uma «tendência para apadrinhar o "fast-food" educativo», referindo-se não só a polémica em torno das «Novas Oportunidades», mas também programa Magalhães e ao próprio percurso pessoal do primeiro-ministro.

«Em termos de aprendizagens José Sócrates gosta muito de processos instantâneos, até pelo seu percurso pessoal, eu sinto que ele tem uma certa tendência para apadrinhar o "fast-food" educativo», disse Carrilho ao comentar a polémica debatida na pré-campanha.

O socialista considerou que «é uma infelicidade de Pedro Passos Coelho dizer que isto certifica a ignorância», mas lembra que estavam a ser dados «passos erradíssimos» nesta área.

«Quando se passa para o 9º ano, quando de passa para o 12º ano e quase se passou para as Universidades com uma espécie de «Novas Oportunidades» estava a dar-se passos erradíssimos e sinais à sociedade no sentido do facilitismo mais total», disse. Carrilho afirmou ainda que «todos os estudos mostram que o Magalhães é um bloqueador da aprendizagem».

in TVI24 (17.05.2011)


Não somos um país de inteligentes, mas sim de espertos!
Santa Paciência!


terça-feira, maio 17, 2011

Lembrando antigas viagens... hoje apetece-me sair...

... pegar no meu Coisinha Fofa ...


... subir montes e vales ...


... caminhar por ruelas e calçadas ...


... e encontrar lugares de sonho e paz ...



Assim foi em Esposende (Março.2009)...

segunda-feira, maio 16, 2011

I miss...


... ver o avô Zé a tratar de cavalos... jogar à macaca com a prima... andar de bicicleta pelo Biscainho fora... não trabalhar... escola e livros... não saber o que era o dinheiro... liberdade... ficar a manhã de sábado presa aos desenhos animados da RTP... beber água da fonte ou no cântaro de barro... tomar conta da casa enquanto os tios e a prima mais velha estavam no campo... pintar... ser a menina das alianças... pentear e vestir bonecas... pinipons... os bombons com cereja que o avô trazia de Espanha... escrever cartas... receber cartas... ser surpreendida com flores... visitar museus... viajar... 15 dias na praia... correr... fazer ginástica... cantar no coro da igreja... aulas nº 100... faculdade... tunas e traje... Biblioteca Nacional em tardes de Outono... Estádio Universitário em tardes de Primavera... serenatas... amigos que já foram...

quinta-feira, maio 12, 2011

Moreninha da travessa...

Ah Grande Ricardo!...

quarta-feira, maio 11, 2011

terça-feira, maio 10, 2011

Amor Electro...

A máquina parou... deixou de tocar...

Cara de terça-feira...



... só me apetece é balir!... loooool

sábado, maio 07, 2011

Fim de semana cheio de ALEGRIAS !... ;)

Este fim de semana, vou ter a oportunidade de aprender com "maestros" espanhóis.


Nível Intermédio de Flamenco: Alegrias, com Eva Sotto e Jesus Ortega... e olé!


terça-feira, maio 03, 2011

España...


Quase não era canto, no sentido em que este é aproveitamento musical da voz. Quase não era voz, no sentido em que esta tende a dizer palavras. O canto flamenco é antes da voz ainda, é fôlego humano. Uma palavra ou outra às vezes escapava, revelando de que era feita aquela mudez cantada: de história de viver, amar e morrer. Essas três palavras não ditas eram interrompidas por lamentos e modulações. Modulações de fôlego, primeiro estágio de voz que capta o sofrimento no seu primeiro estágio de gemido. E de grito. E mais outro grito, este de alegria por se ter gritado. Em torno, a assistência aconchega-se escura e suja. Depois de uma das modulações que de tão prolongada morre em suspiro, o grupo esgotado como o cantor murmura um Olé em amém, última brasa.

Mas há também o canto impaciente que a voz apenas não exprime: então um sapateado nervoso e firme o entrecorta, o Olé que o irrompe a cada instante não é mais amém, é incitamento, é touro negro. O cantor, de dentes quase cerrados, dá à voz a cegueira da raça, mas os outros exigem mais e mais, até conseguirem o instante espasmo: Espanha.

Ouvi também o canto ausente. É feito de um silêncio cortado de gritos da assistência. Dentro da clareira de silêncio, em semente ardente, um homem pequeno, seco, escuro, de mãos nas ilhargas, cabeça atirada para trás, marca com o duro taco dos sapatos o ritmo incessante do canto ausente. Nenhuma música. E nem é uma dança. O sapateado é antes da dança organizada – é o corpo manifestando-se, pés transmitindo até a ira em linguagem que Espanha entende. A assistência se concentra em fúria no próprio silêncio. De quando em quando a provocação rouca de uma cigana, toda de carvão e trapos vermelhos, em que a fome se tornou dor e ameaça. Não era espetáculo, não se assistia: quem ouvia era tão essencial como quem batia os pés em silêncio. Até a exaustão, comunicam-se durante horas através dessa linguagem que, se algum dia teve palavras, estas foram se perdendo pelos séculos – até que a tradição oral passou a ser transmitida de pai para filho apenas como ímpeto de sangue.

E vi o par da dança flamenca. Não sei de outra em que a rivalidade entre homem e mulher se pusesse tão a nu. Tão declarada é a guerra que não importam os ardis: por momentos a mulher se torna quase masculina, e o homem a olha admirado. Se o mouro em terra espanhola é o mouro, a moura perdeu diante da aspereza basca a moleza fácil; a moura espanhola é um galo até que o amor a transforme em Maja.

A conquista difícil nessa dança. Enquanto o dançarino fala com os pés teimosos, a dançarina percorrerá a aura do próprio corpo com as mãos em ventarola: assim ela se imanta, assim ela se prepara para tornar-se tocável e intocável. Mas, quando menos se espera, sua botina de mulher avançara e marcará de súbito três pancadas. O dançarino se arrepia diante dessa crua palavra, recua, imobiliza-se. Há um silêncio de dança. Aos poucos o homem ergue de novo os braços e, precavido – com temor e não pudor -, tenta com as mãos espalmadas sombrear a cabeça orgulhosa da companheira. Rodeia-a várias vezes e por momentos já se expões quase de costas para ela, arriscando-se quem sabe a que punhalada. E se não foi apunhalado é que a dançarina de súbito recolheu-lhe a coragem: este então é o seu homem. Ela bate os pés, de cabeça erguida, em primeiro grito de amor: finalmente encontrou seu companheiro e inimigo. Os dois recuam eriçados. Reconheceram-se. Eles se amam.

A dança propriamente dita se inicia. O homem é moreno, miúdo; obstinado. Ela é severa e perigosa. Seus cabelos foram esticados, essa vaidade da dureza. É tão essencial essa dança que mal se compreende que a vida continue depois dela: este homem e esta mulher morrerão. Outras danças são a nostalgia dessa coragem. Esta dança é a coragem. Outras danças são alegres. A alegria desta é séria. Ou a alegria é dispensada. É o triunfo mortal de viver o que importa. Os dois não riem, não se perdoam. Compreendem-se? Nunca pensaram em se compreender, cada um trouxe a si mesmo como único estandarte. E quem foi vencido – nessa dança os dois são vencidos – não se adoçará na submissão, terá aqueles olhos espanhóis, secos de amor e raiva. O esmagado – os dois serão esmagados – servirá vinho ao outro como um escravo. Embora nesse vinho, quando vier a paixão do ciúme, possa estar o veneno da morte. O que sobreviver se sentirá vingado. Mas para sempre sozinho. Porque só esta mulher era sua inimiga, só este homem era seu inimigo, e eles se tinham escolhido para a dança.






Crónica de autoria de Clarice Lispector, publicada no Jornal do Brasil no dia 28 de novembro de 1970. Este texto também pode ser encontrado no livro A Descoberta do Mundo.


segunda-feira, maio 02, 2011

El traje...

O vestido, cuja parte de trás, me anda a assombrar a mente há já uns meses...




... encontrei a parte da frente... e os lados. Desiludiu-me um pouco, porque acho que não faz justiça ao que se vê de trás... mas continua a ser um belo vestido!