A poesia de Manuel Alegre casa com a música de José Nisa, sob o melodioso altar das palavras mais portuguesas que escutamos da boca do Carlos do Carmo... Uma Flor de Verde Pinho (Portugal - 1976)
Não há barco, nem trigo, não há trevo,
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.
Mas não há forma, não há verso, não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.
Gostar de ti é um poema que não digo,
que não há taça amor para este vinho
não há guitarras, nem cantar de amigo
não há flor, não há flor de verde pinho.
Sem comentários:
Enviar um comentário