João Ribeiro Telles Jr., o mais novo dos cavaleiros da Dinastia Ribeiro Telles, receberá a alternativa das mãos de seu Pai, João Ribeiro Telles, hoje 4 de Setembro, na Monumental do Campo Pequeno. A cerimónia contará com a presença de seu Avô, Mestre David Ribeiro Telles, num cartel que será completado por seu tio António Ribeiro Telles e seu primo Manuel Telles Bastos. Nesta noite lidar-se-á um curro de toiros da ganadaria Passanha, que será pegado pelos grupo de forcados Amadores de Santarém e Amadores de Coruche, capitaneados por Diogo Sepúlveda e Amorim Ribeiro respectivamente.
Perfil
João Maria Ribeiro da Cunha Ribeiro Telles nasceu no dia 23 de Junho de 1989, em Lisboa, filho de Maria Assunção Coruche Ribeiro da Cunha Ribeiro Telles e de João Manuel de Castro Palha Ribeiro Telles. É o mais velho de quatro irmãos, Maria da Graça Ribeiro da Cunha Ribeiro Telles, Matilde Maria Ribeiro da Cunha Ribeiro Telles e Maria de Assunção Ribeiro da Cunha Ribeiro Telles. Membro de uma dinastia de toureiros cedo se dedicou à arte de Marialva, seguindo o exemplo de seu Avô, Pai e Tios.
Aos dois anos e meio já montava um cavalo muito velho, o “Campeão”. Montou-o até aos 5 anos. Depois passou para o “Atinado”, um cavalo muito bom do seu Pai, com o ferro Salgueiro e foi com ele que começou a tourear a tourinha. Toureou a sua primeira vaca montando o “Sábio”, último cavalo com que o Avô toureou, com o ferro da Casa!
A primeira vez que mostrou a sua arte em público foi numa das famosas festas camperas, na Quinta da Foz, organizadas pelo tio Fernando Palha, em Abril de 1992. Tinha somente quatro anos e montado no Atinado toureou a tourinha empurrada por seu Pai, João Ribeiro Telles.
Foi também na Quinta da Foz, em 1996, que se estreou em público a duo com o seu primo Manuel, lidando um novilho, montado num cavalo do ferro Manuel José da Úrsula.
No dia 14 de Fevereiro de 1999, num festival em Coruche, toureia pela primeira vez em público, com 9 anos de idade! (data da última foto deste post) Alternando com António Lopes Aleixo e seu primo Manuel Ribeiro Telles Bastos, lidou novilhos de seu Avô David Ribeiro Telles, montando o “Gadelha”.
Após sete temporadas como Amador, pisando algumas das mais importantes praças de toiros e ombreando com muitas figuras do mundo taurino, a Prova de Praticante chega a 30 de Outubro de 2005, em Vila Franca de Xira, numa corrida bastante marcante, visto ter sido o festival de homenagem ao seu grande amigo João Vilaverde.
Assume que todas as corridas têm sido importantes para si. “Algumas recordo mais porque estive melhor mas, sem dúvida, a que considero mais marcante foi a do dia 2 de Setembro de 2000 em Coruche, em que o meu Avô deu a alternativa ao Alberto Conde. Esta porque vou lembrar-me e orgulhar-me para o resto da vida de ter feito as cortesias com o meu Avô vestido de toureiro”.
Acredita ser um toureiro encastado, daqueles de entrar na arena para dar o seu melhor esforçando-se ao máximo para sair da praça com o dever cumprido.“Gosto de sentir que dei tudo, que os aficcionados saíram da praça satisfeitos e a falar bem de mim e que a critica reconheça os meus méritos. Para ser toureiro é indispensável ter cabeça e saber andar a cavalo, se não soubermos andar a cavalo as coisas não podem sair perfeitas. Montar bem é o essencial! Apesar de procurar fazer um toureio alegre procuro também o toureio sério e recto. Para mim o toureio recto é a perfeição! O meu maior objectivo é ser figura do toureio! Sei que é difícil, é preciso muita dedicação, gosto pelo campo, pelos cavalos e pelos toiros.
Peço a Deus que me ajude a dar continuidade ao nome da minha família, para que todos eles se possam orgulhar de mim. Cabe-nos a nós, a mim e ao meu primo demonstrar isso, que o toureio na família não vai acabar!”
“Aqui na Torrinha quase não falamos senão de toiros e de cavalos. Ao ouvir falar os mais velhos e ao vê-los montar e tourear vou aprendendo os terrenos e as distâncias dos toiros. Creio que o conhecimento do toiro é essencial para se tourear bem a cavalo. Ir ao toiro por ir não pode ser! Quando se pisa determinado terreno tem que se saber porque se está a fazê-lo. È fundamental conhecer os terrenos em que o toiro consente os ferros mais facilmente, onde investe melhor, e saber aproveitar as suas querenças.”
Enquanto equitador acredita que se um cavalo não estiver bem posto é mais difícil levá-lo aos terrenos pretendidos. “Já meu Avô está sempre a dizer que é importante sermos nós a pormos os cavalos!”
Recorda com saudade o “Duque”, ferro Sociedade das Silveira, um cavalo que lhe permitiu tornar o seu toureio mais sério e maduro.
Cresceu na Torrinha, montando sempre na presença do seu Pai, do seu Avô e do seu tio António. “Sem eles era impossível ser toureiro! Admiro o Avô, o meu tio e padrinho António, e adoro o meu Pai! São os meus toureiros preferidos! Vou ouvindo as suas opiniões e é com eles que aprendo, oiço daqui e dali e depois tento tirar as minhas conclusões e formar a minha personalidade como toureiro e como cavaleiro.”
http://www.joaoribeirotelles.com/index.php
E aqui fica mais um pedacinho de mim...
O Joaozinho com o meu avô Zé
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